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domingo, 5 de maio de 2019

Não há nada ruim que não possa piorar - Monólogo #3

monólogo, textos, reflexões, devarneios, escrita, literatura


"Não há nada ruim que não possa piorar"... quando isso te conforta você percebe o quão profundo é o poço, talvez o mesmo nem tenha um fim, e o pior de tudo: é você mesmo quem cava cada vez mais, mais e mais. Cada um sabe o inferno que carrega  assim como os demônios que habitam o mesmo, eles sempre estarão lá, melhor que sejam amigos do que inimigos, não falo de misticismo nem de religião, falo de viver, falo sobre existir, se encarar no espelho e não estar satisfeito com o que vê, sentir-se muitas vezes incapaz, deitar a noite com a cabeça repleta de pensamentos somente para acordar no outro dia, as vezes bem, outras vezes se sentindo horrível preferindo não ter acordado e, acima de tudo, ir seguindo a rotina nossa de cada dia, cumprindo as obrigações de sempre o que faz todos os dias parecerem iguais, exceto em raras exceções, há pequenas situações que podem fazer uma enorme diferença.

Na maioria das vezes sinto um enorme vazio, penso que isso talvez é o que me completa, porém as vezes esse vazio pesa, meio que me preenche, rouba o brilho do meu olhar,  tento preenchê-lo com inúmeras coisas, porém é um vão, e as tentativas são em vão, não há jeito, fico sempre insatisfeito, quanto mais você tenta, mais ele te atenta.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Novos Rumos - Monólogo #2


Como falei no monólogo anterior os últimos tempos tem sido de provações, mas depois da tormenta sempre vem a bonança, tirando os estudos tenho estado um pouco parado, no início desse mês que resolvi "voltar a ativa", vinha sendo atormentado por algo que assusta a maioria dos escritores: o famigerado bloqueio criativo. Porém percebi que a única coisa que precisava era de um empurrão, um impulso, uma nova experiência que me trouxesse novas histórias a contar, foi aí que decidi sair da zona de conforto e colocar a mão na massa.

Estou cursando licenciatura em Letras por uma faculdade de EAD (Ensino a Distância), como estou acostumado a trabalhar na internet não vem sendo difícil acompanhar as aulas, realizar as atividades e coisas do tipo. Mas não estou aqui para falar da faculdade, deixo para uma próxima oportunidade.

No primeiro ano do curso recebemos um livro intitulado "Projeto de Vida", cujo objetivo é orientar o aluno a visualizar e começar a planejar o seu futuro, em meio algumas leituras e atividades (ainda não terminei o livro) tive alguns insights sobre o que quero (de verdade) para minha vida a curto e a longo prazo, e como já disse anteriormente, estou acostumado a trabalhar com internet, e meu maior hobbie é escrever, pensando nisso surgiu das profundezas de meu inconsciente a ideia de criar um site voltado à cultura no geral juntamente de uma revista online.

Não posso adiantar muita coisa, afinal ainda tratam-se apenas de ideias, estou reunindo o máximo de informações possíveis e planejando ações para que possa tirar tais ideias do papel e colocar em prática, as mesmas podem sofrer algumas mudanças ao longo do tempo, mas o meu intuito é fazer algo com o qual me identifique.

Voltando ao assunto da zona de conforto, passei um bom tempo atolado nesse poço escuro e úmido da estagnação e não pretendo voltar lá nunca mais, é horrível sentir vontade de produzir algo novo mas não encontrar motivações para isso, além de se achar inútil você percebe que permanece parado enquanto o tempo está passando, e só se vive uma vez, quando a morte bate à porta não há tempo de se arrepender pelo que fez, ou pior, pelo que deixou de fazer.

Refletindo sobre isso levei um choque de realidade ao perceber que estava jogando minha vida no lixo, então resolvi sair em busca de algo que me fizesse se sentir vivo de verdade, foi aí que me veio a ideia de colocar em prática algo que vinha adiando há tempos, fazer minha graduação em Letras e colocar minhas ideias/projetos em prática, a partir desse ponto comecei a sair mais de casa, interagir mais com as pessoas ao meu redor, e até mesmo a caminhar, o que me trouxe de volta a inspiração para escrever, esse está sendo um mês decisivo para minha pessoa, espero que tudo dê certo e que continue buscando ser alguém produtivo, procurando viver ao invés de apenas sobreviver.

Somos seres criativos, estamos sempre arrumando novas formas de fazer as coisas, sempre atrás de formas para fazer coisas novas, o universo está em constante movimento, tudo se move, é o ciclo natural de tudo, ir contra isso é contrariar a essência  natureza. Há tanto a ser explorado, tantas descobertas fascinantes a serem feitas, o que sabemos não passa de um grão de areia em meio ao deserto, então por que não sair um pouco da zona de conforto e dar um passeio lá fora? Não sabemos o que podemos encontrar, mas é exatamente aí que reside o sentido da coisa.

Somos bem mais do que imaginamos ser, mas por enquanto é isso, irei pensar no próximo passo a ser dado, até por acaso...

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Desabafo - Monólogo #1

blog mortalha, monólogo, texto, reflexões

As vezes me sinto como se já tivesse vivido tudo o que tinha para viver, realizado tudo que havia de ser realizado e conquistado o que tinha que conquistar, porém o horizonte sempre se expande à frente, quando mais nos aproximamos mais ele se afasta, nunca estamos completamente satisfeitos, sempre falta algo e sempre estamos em busca de mais e, por mais que possamos usar e abusar dos prazeres (e dores) da vida, nunca estaremos satisfeitos, pois a real satisfação não está no exterior, mas sim em nosso interior, isso parece aquelas frases de efeito espirituais, mas é a pura realidade, de tanto corrermos atrás de coisas exteriores acabamos muitas vezes por esquecer de nós mesmos, o que é um grande erro.


Quando percebemos a imensidão do nosso ser, por mais insignificante que sejamos, temos o poder de dar significado a tudo, somos como grãos de areia em meio a praia, não passamos de poeira estelar e ao mesmo tempo somos seres com um potencial ilimitado, se não fossem pelos traumas e bloqueios exerceríamos nosso potencial por completo, está tudo aqui dentro, em nossa mente, toda nossa capacidade, todo nosso potencial, o todo. A luta não acaba, e a jornada de certo modo acaba no mesmo ponto em que começou como a representação simbológica de Ouroboros, a cobra que morde a própria cauda.

Somos tão pequenos e ao mesmo tempo tão grandes, é até paradoxal.

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