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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

10 surpreendentes trechos de diários escritos na segunda guerra mundial

Quando ouvimos relatos de batalhas longas e mortíferas como a Segunda Guerra Mundial, é normal ter uma sensação ruim. No entanto, não importa o que aprendamos sobre a guerra, é difícil realmente imaginar o que as pessoas que passaram por ela enfrentaram. Esses diários podem nos ajudar em relação a isso.


1. Michihiko Hachiya, Hiroshima, 6 de agosto de 1945


Em 6 de agosto de 1945, uma bomba atômica foi detonada diretamente sobre Hiroshima, no Japão, matando imediatamente cerca de um quarto da população da cidade e expondo o restante a níveis perigosos de radiação. Um funcionário de hospital chamado Michihiko Hachiya estava deitado em sua casa no momento da explosão, a cerca de 1,5 km do centro da detonação. O calor queimou sua roupa e criou graves queimaduras no seu corpo. Seu diário, publicado em 1955, narra suas experiências naquele dia.



[...] “Nós começamos, mas depois de 20 ou 30 passos, eu tive que parar. Minha respiração ficou curta, meu coração batia forte, e minhas pernas cederam sob mim. Uma sede avassaladora me tomou e eu implorei a Yaeko-san para me encontrar um pouco de água. Mas não havia água para ser encontrada. Depois de um tempo, minha força voltou um pouco e fomos capazes de seguir em frente. Eu ainda estava nu e, embora eu não sentisse nem um pouco de vergonha, eu estava perturbado ao perceber que a modéstia tinha me abandonado… Nosso progresso para o hospital foi interminavelmente lento, até que, finalmente, as minhas pernas, duras de sangue seco, se recusaram a me levar mais longe. A força, mesmo a vontade, de ir em frente me abandonou, então eu disse a minha esposa, que estava quase tão gravemente ferida quanto eu, para ir sozinha. Ela se opôs a isso, mas não havia escolha. Ela tinha que ir em frente e tentar encontrar alguém para voltar por mim”. [...]

domingo, 24 de julho de 2016

10 desenhos de crianças que sobreviveram ao Holocausto

10 desenhos de crianças que sobreviveram ao Holocausto

A Segunda Guerra Mundial é palco de inúmeras histórias de barbáries cometidas contra a humanidade, esses atos abomináveis foram cometidos tanto pelos nazistas, como pelos demais envolvidos na guerra, não importando o lado em que estavam. Mas é de consenso geral que o Holocausto promovido pelos nazistas foi o episódio mais marcante entre as histórias tenebrosas dessa maldita guerra.

Terezín, um campo de concentração instalado pelos nazistas na periferia de Praga, que era chamado de "Sala de espera do inferno", foi uma parada sem volta para mais de 150 mil judeus cujo destino final era  o temível campo de concentração de Auschwitz, 15 mil desses prisioneiros eram crianças e pré-adolescentes.

Certamente um evento trágico!


FRIEDL DICKER BRANDEIS, UMA BOA ALMA NA SALA DE ESPERA DO INFERNO.

10 desenhos de crianças que sobreviveram ao Holocausto

A artista e educadora Friedl Dicker Brandeis, nascida em Viena, Áustria, dedicou o tempo que passou aprisionada em Terezín para ensinar arte como terapia para muitas das crianças presas assim como ela. Antes de ser executada, Friedl conseguiu resgatar 450 desses desenhos, que mais tarde serviram como prova em Nuremberg e que dão um testemunho indelével de toda a barbárie do Terceiro Reich.

Friedl conseguiu fazer as crianças recordarem, através dos desenhos, da vida que tinham antes de serem arrancadas de suas casas, mas elas também colocaram no papel toda a triste e horrível realidade do campo de concentração. 


A ARTE E A FANTASIA COMO FORMAS DE ESPERANÇA

Acima de tudo, com a arte, as crianças podiam transportar-se para um mundo de imaginação e fantasia, um mundo onde o bem prevalecia sobre o mal, onde as pessoas eram livres e a esperança, o caminho logo à frente. São inúmeros os desenhos representando a volta para casa, as cenas cotidianas e o desejo de liberdade. Friedl respeitava plenamente a personalidade de cada criança e deixava que elas derramassem e abrissem suas percepções sobre todas as atrocidades que viam no campo de concentração.

Quando a guerra terminou, somente cem das quinze mil crianças aprisionadas em Terezín, estavam vivas. Muitos dos desenhos tem uma excelente qualidade, levando-se em conta a idade de seus autores. Sem surpresa, algumas daquelas crianças se tornaram artistas de renome. É incrível como até mesmo na mais densa das trevas, uma pequena luz pode surgir, e alçar o espírito humano para a liberdade. Em Terezín, esse raio de esperança chamava-se Friedl Dicker Brandeis!

Confira os desenhos feito pelos jovens sob os auspicios de Brandeis: 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Maria Mandel: A Besta de Auschwitz

Maria Mandel, a besta de auschwitz, holocausto

"De acordo com testemunhas, uma de suas crueldades preferidas era se colocar em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado."

Maria Mandel foi uma notória guarda feminina de alta patente da SS nazista, servindo no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, responsável direta pela morte de cerca de 500.000 mulheres judias, ciganas e prisioneiras políticas.

Conheça a história desta mulher e as crueldades que a rodeiam.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A Orquestra Feminina de Auschwitz [+ Documentário]

Orquestra de Auschwitz, Holocausto

Orquestra Feminina de Auschwitz ou Orquestra de Meninas de Auschwitz foi uma orquestra de mulheres existente no campo de concentração de Auschwitz, criada em junho de 1943 por uma professora de música polonesa, Zofia Czajkowska, por ordem da SS. As integrantes eram jovens prisioneiras do campo, a maioria delas judias, cuja participação na orquestra as impediu de serem enviadas às câmaras de gás ou aos trabalhos forçados até a morte. Com o tempo, Czajkowska foi substituída no comando da orquestra por Alma Rosé, sobrinha do compositor austríaco Gustav Mahler, que, antes de ser aprisionada em Auschwitz, era maestra de uma orquestra feminina em Viena. Rosé morreu campo por envenenamento.

A orquestra tocava nos portões do campo quando os grupos de prisioneiros saíam para trabalhar e quando voltavam. Durante os últimos momentos do Holocausto, quando as deportações em massa de judeus da Europa Oriental ocorriam e um grande número de judeus que chegavam ao campo eram enviados diretamente às câmaras de gás, a orquestra era obrigada a tocar para acalmar os espíritos dos condenados. A música preservava a ilusão de que os prisioneiros seriam transportados para o Leste e permitiam à SS matar com mais eficiência e rapidez.