O desconhecido me encanta desde tenra idade, quando apreciava a estética de caveiras e esqueletos, lembro que pedi aos meus pais - talvez com uns cinco anos - uma camisa com um caveira que havia visto em uma revista.
Não via a caveira como um símbolo no sentido de assustar ou se amedrontar, enxergava uma certa beleza por trás daquilo.
Hoje eu entendo, já fui questionado por "otoridades" o motivo de ter tantas caveiras tatuadas, o mesmo está em minha infância, mas naquela época eu não entendia o que os crânios simbolizavam, apenas contemplava.
"Por baixo das vestes de carne somos todos caveiras em um sorriso eterno ao compreender que a morte é parte da vida, passagem, o fim de um ciclo."
Minha mãe me contava histórias antes de dormir - pode parecer clichê - mas eu adorava ouvir, por vezes, sozinho, geralmente sem sono, mergulhava mesmo que inconscientemente em questões filosóficas como "o que é o nada?" ou "o que vem depois da morte?" e acabava não conseguindo dormir.
As vezes me apavorava com a sensação que sentia quando entrava em um lugar vazio e escuro, como se algo ali me observasse ou então quando via algum filme e depois ficava pensativo acerca da narrativa, sentimento esse que dava vazão à curiosidade, que me levava sempre a confrontar meus medos e buscar aprender um pouco mais sobre minha pessoa e o mundo que nela habitava.
Isso me levou a estudar a espiritualidade, sem rótulos, a visão de um jovem curioso perante um universo de in'formações, não me considero cético, mas uma coisa é fato, sempre fui questionador, já trilhei diversas sendas, banhando-me no perfume de lírios e rasgando-se em espinhos, essas sendas me trouxeram aqui.
"Deixo claro que ao falar sobre minha pessoa não ressalto pontos positivos ou negativos, são apenas memórias, verdades que eu não apenas carrego, eu as vivi."
Sendo filho único sempre fui mais introvertido e imaginativo, apesar de ter ralado o joelho diversas vezes brincando na rua, jogando videogame com a molecada do bairro ou até mesmo fazendo amigos virtuais no antigo MSN.
Na época era raro alguém que tivesse computador em casa e estavam começando a surgir as primeiras lan houses nos oferecendo acesso a videogames e computadores pagando por hora, era o "hype" da época.
Antes disso era Super Nintendo, Sega, Master System e o 'Nokia tijolo', era divertido, mas as verdadeiras aventuras estavam fora das telas.
"São tantas histórias que dariam um amontoado de livros que talvez um dia publique, afinal eles já foram escritos pelas linhas do viver."
Por vezes largava as brincadeiras na rua pela solitude na companhia de gibis, animes e um mundo de fantasia, entusiasmado com as histórias que consumia e as partidas de RPG com meus amigos e sozinho, comecei a dar formas as minhas próprias histórias em minha mente.
Cogitava tramas, personagens, características, rabiscando o dia inteiro na tentativa de fazer histórias tão boas quanto as de Monteiro Lobato, algumas terminava satisfeito, outras jogava fora chateado, mas sempre persistia.
Sempre gostei de desenhar e pintar como qualquer criança, inclusive participei de algumas exposições promovidas pela escola onde adquiri diversas referências no meio artístico, passando de uma educação menos infantil e fantasioso, para algo mais maduro e abstrato (até psicodélico e esotérico, analisando hoje).
Junto do incentivo por parte de minha mãe às histórias, me apeguei ao hábito da leitura. Isso posteriormente me trouxe certo conhecimento, e aos poucos vem trazendo sabedoria para colocar tal conhecimento em ordem, é engraçado olhar para trás dessa forma e ver que tudo naquela época não passava de diversão.
"O segredo da vida está nas coisas belas, simples e até mesmo sombrias que, pela nossa pressa, acaba nos passando despercebidas."
Enfim, não contarei muitos detalhes minha vida pessoal aqui, posso dizer que eu sempre me senti atraído por mistérios. Talvez esse texto não pareça ter muita coesão, o propósito é falar um pouco de minha pessoa de forma espontânea.
Se não dá para resumir uma vida inteira em uma biografia de 144.000 folhas em dois capítulos, quem dirá em alguns caracteres de um blog.
SOBRE O BLOG: Tive a ideia de criar o Mortalha em março de 2014 (oito anos atrás) quando me senti na necessidade de possuir um espaço onde eu pudesse compartilhar um pouco do que vejo (e sei), um lugar onde eu pudesse não apenas escrever meramente, mas compartilhar conteúdo que, por mais que já tenham sido abordados, busco enfatizar por outro ângulo.
Eu possuía na época outro blog: Entrando na Escuridão, porém senti que precisava de algo novo, algo versátil e com um nome menor.
Foi assim que surgiu o Blog Mortalha.
O tema do blog? Terror! Cinema! Literatura! Coisas estranhas em geral.
O tema do blog? Terror! Cinema! Literatura! Coisas estranhas em geral.
SOBRE O NOME DO BLOG: Esse nome me pareceu bem apropriado. Mortalha é uma espécie de manto que envolve o cadáver de um defunto, e também existe uma lenda bastante popular em minha terra natal (Nordeste), essa lenda se intitula: rasga-mortalha, um nome local para coruja.
Diz a lenda que quando uma rasga-mortalha sobrevoa por casas e emite aquele barulho que se assemelha ao som de um tecido sendo rasgado, algum morador da mesma irá morrer, ouço essa lenda desde criança e ela sempre me fez refletir acerca da morte, muitos são os que tem medo de morrer, mas não entendem que a morte é só o fim de um ciclo como afirmei em uma citação anterior.
Diz a lenda que quando uma rasga-mortalha sobrevoa por casas e emite aquele barulho que se assemelha ao som de um tecido sendo rasgado, algum morador da mesma irá morrer, ouço essa lenda desde criança e ela sempre me fez refletir acerca da morte, muitos são os que tem medo de morrer, mas não entendem que a morte é só o fim de um ciclo como afirmei em uma citação anterior.
[...]
Se for para usar rótulos, posso dizer que sou um artista que busca a cada dia se aperfeiçoar em cada área em que atuo, como escritor lancei meu primeiro livro aos dezesseis anos, no ano de 2015, uma compilação de poesias e textos avulsos que escrevia na adolescência, publicado pela editora CBJE.
Então em 2016 tive a ideia de criar a Catarse Poética, minha coletânea literária independente, onde publiquei até agora sete livros e produzi alguns audiovisuais, dentre eles um curta-metragem de 23 minutos da obra "V":
os livros disponíveis em versão digital gratuitamente:
catarsepoetica.com
Também trabalho em outras áreas, como criador de conteúdo, designer, videomaker e vez ou outra me arrisco no ramo musical, mas enfim.
No final das contas sou uma pessoa bastante imprevisível, eu poderia falar minha cor favorita, o que gosto de fazer no fim de semana, ou quantos metros eu tenho, mas não vejo necessidade em expor minha vida pessoal de tal maneira.
Gosto de conversar, escrever, como um monólogo onde converso comigo mesmo e com um possível leitor que acompanha essas palavras que um dia escrevi, agora.
Não posso dizer que sou uma pessoa agradável ou desagradável, isso depende do ponto de vista de cada um, não estou aqui para agradar ninguém.
Minhas redes:
Voltando ao assunto geral, esse blog não possui o intuito de agradar ninguém (assim como eu), porém, se você gosta de "assuntos que fogem do senso comum", tenho certeza que o Mortalha o agradará.
Também possuo um blog pessoal (que anda meio desatualizado):
Adorei o alargador.
ResponderExcluirVelhos tempos, rs.
ExcluirSaudações, longos dias e belas noites, David! Navegando pelo Mortalha, muito bom site, diga-se de passagem, pude notar alguma relação com "Morte Súbita Inc.", agora fora do ar. Alguma pista de onde encontrar o seu conteúdo e pessoal, mesmo que disperso por aí? Abraço e sucesso em todas as suas buscas!
ResponderExcluirObrigado pelo feedback, meu amigo, isso me incentiva a continuar trazendo conteúdo para esse antro. Então, o "Morte Subita Inc." era basicamente uma enciclopédia de ocultismo, me era muito útil em minhas pesquisas, tanto pessoas quanto para escrever artigos aqui no blog. Infelizmente não sei lhe responder tais questões, estive pesquisando e procurando os administradores do site para entender o que aconteceu, porém não obtive respostas. Porém há outros domínios semelhantes, atualmente estou usando o Ocultura, que lembra muito o Wikipédia, porém abordando assuntos "ocultos", segue o link: [https://www.ocultura.org.br], também há outro site que publica ótimos conteúdos, além de um fórum onde os membros podem tirar suas dúvidas e debater tais assuntos, para acessar o fórum basta clicar na aba "discussões": [https://www.hadnu.org/], talvez alguém por lá saiba o que aconteceu com o "Morte Súbita" e, até mesmo, podem ter guardado algum conteúdo de lá, faz tempo que não acesso tal fórum, nem me passou na cabeça perguntar por lá se alguém saberia dizer o que ocorreu! Enfim, é basicamente isso amigo, qualquer coisa pode entrar em contato via email: blogmortalha@gmail.com, um abraço!
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