O artefato roubado tratava-se do caixão de Nedjemankh, tido como sacerdote no Antigo Egito. Mas o que Kim Kardashian tem haver como isso? É uma longa história, mas bem, vamos lá.
Tudo ocorreu em meados de 2018, quando o enigma de um roubo de um sarcófago egípcio foi solucionado de uma forma bem inusitada, mais especificamente por conta de uma fotografia de Kim Kardashian no Met Gala — um baile anual que angaria fundos para o Museu Metropolitano de Arte em Nova York (MET).
Em um evento que mesclava arte, tecnologia e entretenimento, Kim Kardashian publicou uma foto ao lado de um antigo artefato egípcio — avaliado pelo MET em 4 milhões de dólares.
O que a artista não sabia é que tratava-se de um item roubado sete anos antes do evento, o que deu início a uma investigação para angariar os fatos.
A INVESTIGAÇÃO
Fotografia de Kim Kardashian pousando ao lado do sarcófaco de de Nedjemankh
Originalmente a conexão foi realizada por um habitante do Oriente Médio que viu a imagem viral de Kim Kardashian na internet. Mantendo sua identidade anônima, resolveu entrar em contato com o promotor do distrito de Manhattan (onde se localiza o museu) para revelar sua descoberta.
Como foi rememorado em uma matéria do New York Post feita esse ano (2021), o informante anônimo reconheceu que o artefato na fotografia tratava-se do mesmo que um grupo de saqueadores havia enviado para o mesmo em 2013, ano em que o sarcófago havia sido contrabandeado para os Estados Unidos.
O artefato foi exposto no museu de Nova York com o título correto — o caixão do sacerdote Nedjemankh — mas esse foi um dos poucos elementos verídicos na documentação entregue à administração do museu quando o bem histórico foi adquirido.
Os documentos foram falsificados, e afirmavam que o sarcófago fora exportado legalmente para as terras norte-americanas no ano de 1971, o que não passava nem perto da verdade.
A VERDADEIRA ORIGEM
Embora o sarcófago tecnicamente pertencesse ao Ministério de Antiguidades do Egito, assim como outras relíquias arqueológicas que são descoberta no território e estudadas por especialistas, a tumba já fora desenterrada de forma ilegal, sendo trazida à superfície em meados de 2011 por um grupo de saqueadores, e não por arqueólogos, como foi dito nos documentos falsificados.Perante essas informações, o promotor Matthew Bogdanos logo deu início a um inquérito policial para investigar as evidências. O informante anônimo forneceu fotografias do caixão de Nedjemankh, confirmando assim as suas alegações.
Os saqueadores repassaram o artefato para um negociante de antiguidades conhecido como Hassan Fazeli. Homem esse que falsificou os documentos do artefato, preenchendo o objeto que possuía origens greco-romanas invés de egípcias, permitindo assim que ele fosse exportado.
O sarcófago foi parar em um museu alemão, para só então ser revendida para um sujeito francês que, por sua vez, o ofertou ao museu de Nova York.
CONCLUSÃO
A tumba de Nedjemankh voltou à sua terra natal no ano de 2019, assim como os pedidos de desculpas de Daniel Weiss - CEO do MET.
Não se sabe se o homem francês que vendeu o artefato para o museu norte-americano tinha conhecimento que o objeto era roubado, de qualquer modo o responsável pelo museu alemão foi considerado culpado por colaborar com o contrabando de antiguidades.
Segundo uma notícia do Art Newspaper ele foi preso no ano de 2020. E tudo isso se deu por conta de uma simples fotografia que a artista Kim Kardashian tirou, provavelmente, para registrar os momentos durante o evento, sem saber o alvoroço que tal foto causaria, resultando na solução de um crime até então "oculto".
Adaptado de: Aventuras na História
Por: Blog Mortalha
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