Para começar a segunda parte dessa série sobre tecnologia, ou melhor dizendo, avanços tecnológicos, deixarei um mix de Dark Synth para você ouvir durante a leitura, se assim preferir.
Sempre escrevo ou leio ouvindo playlists do mais diversos gêneros, contando que tenha pouco, ou nenhum vocal, um som mais atmosférico.
As vezes entro em minha conta do youtube, escolho uma música que combine com a narrativa que escolhi, então abro o livro e começo a ler, ouvindo desde música clássica à cyberpunk, com o livro em mãos, e fones de ouvido, tenho uma experiência mais imersiva, me concentro melhor na leitura.
"Você acredita em viagem no tempo?" - Cena do filme Donie Darko, de 2001.
Imagino em um passado não muito distante, um jovem com minha idade, 22 anos, usando roupa de época, em sua casa, colocando um disco de vinil para tocar em sua vitrola, enquanto pega um dos exemplares da sua estante e, se recosta na poltrona no canto do aposento, pondo-se a ler o seu livro.
Se, de alguma maneira, eu batesse à porta deste cavalheiro, e ele, por ventura, me convidasse para entrar e fumar tomar um chá, em primeira instância não acreditaria em minha pessoa quando o falasse que vim do futuro.
Então puxaria meu celular do bolso e o mostraria: a câmera, o gravador de voz, a internet, as redes sociais, os jogos com gráficos altamente avançados, os mapas via satélite, dentre inúmeras outros recursos tecnológicos, como a I.A. dos assistentes virtuais, bastante comum em notebooks e celulares.
De duas, uma opção:
1. Ele acharia tudo muito interessante e passaríamos a madrugada conversando, eu lhe contaria mais sobre a época de onde venho
2. Entraria em pânico, acharia que estou louco, ou que ele estaria ficando louco, e me expulsaria, na tentativa vã de esquecer o acontecido.
A primeira opção me é mais agradável, seria um prazer falar sobre a época em que vivo para alguém de séculos passados, ou quem sabe ouvir as histórias de alguém vindo de séculos futuros.
Você não acharia uma experiência interessante?
Caso o jovem, do exemplo que dei acima, tivesse a mente aberta o suficiente para ouvir o que tenho a dizer, marcaríamos de nos ver novamente, quem sabe beber algo e conversar. Ele pediria meu telefone, eu lhe passaria o número do meu celular, eu iria conferir a hora em meu relógio de pulso, já ele em seu relógio de pêndulo, eu poderia até mandar mensagens ou fazer uma chamada de vídeo, mas isso é utopia para, por exemplo, o século XX, certo?
Pois bem agora imagine um estranho aparecer para você, e de repente, em um diálogo, falar que vem do futuro ao sacar do bolso um pequeno LED, e então revelar algumas informações presentes em sua mente, para provar que realmente vem do futuro, assim como mostrar como, com aquele pequeno LED orgânico, fabricado com resto de alimentos, e o auxílio de lente tecnológicas, permitia o estranho ter acesso a informações processadas na mente humana.
Publicamente, ainda não há uma tecnologia do gênero, porém já é possível fabricar LEDs orgânicos através de restos de alimentos.
Os pontos quânticos de carbono podem ser visualizados
quando iluminados com luz ultravioleta.
O experimento foi realizado por dois pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA, a dupla encontrou um método para criar LEDs a partir de resíduos de alimentos e bebidas. Isso aconteceu cinco anos atrás.
Deixo abaixo o link de uma matéria de 2015, publicada pela redação do site Inovação Tecnológica, que disserta com mais detalhes acerca do fato:
Em uma época em que ainda utilizamos energia elétrica, quando se há energia eólica, solar e até mesmo retirada das marés, é pouco perceptível a amplidão da era tecnológica em que vivemos, seria interessante cogitar como tais avanços tecnológicos poderiam ajudar o ser humano, em equilíbrio com a natureza.
A reciclagem já permite a criação de diversas coisas, reaproveitando o lixo gerado, já a tecnologia avança a incontáveis quilômetros por hora.
"As novas tecnologias de produção de energia elétrica a partir de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) poderiam movimentar anualmente R$ 11,6 bilhões em investimentos em infraestrutura no Brasil, totalizando R$ 145 bilhões até 2031, conforme aponta a Climate Bonds Initiativa (CBI)."
É assim que começa a matéria do Portal Saneamento Básico, que expõe as tecnologias de produção de energia elétrica a partir de, literalmente, lixo.
Vocês podem ler a matéria completa, em detalhes no site do Portal,
segue o link:
Assim como na pequena história que contei, no início desse artigo, algumas coisas nos parecem utópicas ou distantes, da mesma forma que os tempos atuais poderiam parecer utopia para o jovem de séculos passados, ouvindo sua vitrola em casa, onde eu, ocasionalmente, poderia bater na porta.
Mesmo que metaforicamente, em letras na tela, pichações,
pinturas rupestres, ou emojis.
Por hoje é isso, fiquem com tais reflexões. Até a próxima parte. ;)
Escrito por: David Alves Mendes
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