Já imaginou a possibilidade de viajar entre os planetas do nosso universo e até mesmo, teoricamente, viajar através do tempo?
Essas questões sempre intrigaram os cientistas e estudiosos do assunto, entre os muitos conceitos que os pesquisadores desenvolveram, uma técnica manteve-se particularmente popular: os buracos de minhoca.
Mas o que é de fato um buraco de minhoca e como o mesmo funciona?
Acompanhe as respostas ao longo do artigo, mesmo que tais respostas, de certo modo, acarretem mais algumas dúvidas sobre a questão.
O QUE SÃO BURACOS DE MINHOCA?
Em teoria, os buracos de minhoca são conexões (como túneis) feitas a partir do espaço-tempo, criando um atalho entre duas áreas muito distantes do universo.
A ideia é que os viajantes espaciais possam usar esses túneis para tornar o espaço muito mais curto do que uma distância de milhares de anos.
Mas os seres humanos poderão um dia usar um buraco de minhoca para viajar para outra galáxia ou além?
A ciência diz que é altamente improvável, mas ainda assim é possível!
No entanto, para fazer um buraco de minhoca, precisamos de muitas condições específicas e de uma ciência bem mais desenvolvida do que temos atualmente.
COMO UM BURACO DE MINHOCA FUNCIONA?
Segundo teorias, o buraco de minhoca contém duas bocas com uma garganta conectando as duas. A "entrada" seria um buraco negro e a "saída" seria um buraco branco, como exemplifica a imagem acima.
A primeira parte desse túnel existe: os buracos negros, que são objetos hiperdensos que estão no centro de muitas galáxias.
Embora não possamos ver buracos negros diretamente, podemos saber da sua presença pelo modo como eles afetam a matéria próxima: os buracos negros engolem matéria, como as estrelas que ficam ao ser redor.
No entanto, não há nenhuma evidência quanto aos buracos brancos, que seria o outro lado de um buraco negro. Isso significa que as matérias engolidas pelos buracos negros ficam “perdidas” no tempo/espaço.
A teoria da relatividade geral de Einstein predica matematicamente a existência dos buracos de minhoca, mas até hoje nenhum foi de fato encontrado.
ATRAVÉS DO BURACO DE MINHOCA
Você já parou para pensar em quão gigante é nosso universo? Todos os nossos planetas vizinhos, estrelas e galáxias estão extremamente distantes da gente.
Por exemplo, a Proxima Centauri, a estrela mais próxima da Terra, fica a 4.22 anos-luz de distância. Se a nave espacial mais rápida que temos conhecimento tentasse alcançar a Proxima Centauri, levaria mais de 80 mil anos
para chegar até lá!
Mas isso mudaria se pudéssemos viajar através dos buracos de minhoca.
A ficção científica é cheia de histórias sobre essas viagens, mas na realidade elas são muito mais complicadas! E não é apenas porque ainda não encontramos um buraco de minhoca no espaço.
O primeiro problema é o tamanho. Prevê-se que os buracos de minhoca existam em níveis microscópicos, cerca de 100 bilhões de bilhões de vezes menor do que o núcleo atômico. No entanto, à medida que o universo se expande, é possível que alguns possam ter sido esticados em tamanhos maiores.
OS BURACOS DE MINHOCA
REALMENTE EXISTEM?
Nenhum buraco de minhoca foi encontrado ainda e talvez seja porque simplesmente não possamos vê-los.
Paul Davies, físico e cosmólogo teórico da Universidade do Arizona, sugere que eles podem ocorrer apenas em escalas subatômicas e duram frações de segundo. Para ele, buracos de minhoca grandes o suficiente para que um ser humano possa viajar podem exigir uma nova forma de física,
que ainda não foi descoberta.
É POSSÍVEL CRIAR UM BURACO DE MINHOCA ARTIFICIAL?
Pesquisadores da Espanha criaram um minúsculo buraco de minhoca magnético pela primeira vez! E eles o usaram para conectar duas regiões do espaço para que um campo magnético pudesse viajar "invisivelmente" entre eles.
Infelizmente, eles não são como os dos filmes de ficção científica como Stargate, Star Trek e Interstellar, que permitem que os humanos viajem rapidamente pelo espaço. Esse não é capaz de transportar material, mas os físicos conseguiram criar um túnel que permite que um campo magnético desapareça em um ponto, e depois reapareça em outro.
Pode não ser como nos filmes, mas ainda é algo extremamente impressionante, talvez ainda leve muito tempo para que descobertas mais exatas sejam feita acerca do assunto, de qualquer maneira, os estudos e as pesquisas continuam.
Adaptado de: HiperCultura
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