Artistas excêntricos e suas obras bizarras [+18]

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Confira a segunda parte deste artigo clicando no link abaixo: 

ARTISTAS EXCÊNTRICOS E SUAS OBRAS BIZARRAS - PARTE II
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Artistas na história da arte são reconhecidos pelas suas belas obras de arte cheias de mérito segundo os críticos, o povo e a academia. No entanto, há um determinado grupo de artistas que são reconhecidos pelas suas obras um tanto bizarras, por fugirem um pouco (ou totalmente) dos padrões. 

É certo afirmar que todo artista tem um que de loucura, porém nem todos os loucos são artistas, será que há um ponto divisório entre a arte e a loucura,
ou será que ambos se complementam?

Antes de prosseguir é válido dizer que alguns dos conteúdos desse artigo podem ser fortes e até mesmo perturbadores, principalmente as imagens, por esse motivo não recomendo prosseguirem caso tenham estômago fraco ou fiquem chocados facilmente, dito isso, vamos conferir tais obras excêntricas.



1. A FONTE, por Marcel Duchamp – 1917

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Com certeza vocês já devem ter se deparado com a imagem acima em algum lugar.

Não podemos negar que o precursor das bizarrices da arte contemporâneas foi o ilustre artista Marcel Duchamp. Mais especificamente graças ao seu trabalho intitulado "A Fonte", feito sobre seu pseudônimo de R. Mutt. 

 Questões sobre "o que é arte" ou afirmações do tipo "isso até eu faço", datam dessa época e se tornaram latentes com essa obra de Duchamp. 

E então, isso é arte, ou só pura bizarrice? Deixe seu comentário!

São 100 anos de "A Fonte" e, até agora, não conseguimos decifrá-la.



2. UM CÃO ANDALUZ, por Luis Buñuel e Salvador Dali  – 1929

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Cena icônica do filme, que, inclusive, ilustra sua capa.

O filme não possui uma história na ordem normal dos acontecimentos e faz uso da "lógica dos sonhos", baseado em conceitos da psicanálise de Freud, como o inconsciente e as fantasias da mente humana.

O filme representa uma reunião de imagens oníricas, encadeadas no vídeo como se fossem um pesadelo, repleto de cenas metafóricas.

Um homem afia uma navalha e corta o olho de uma mulher, imitando uma nuvem que ao passar em frente à lua a parece cortar em duas. 

Em seguida, um homem, vestido com peças de roupa de freira e uma caixa ao peito cai da bicicleta, na estrada, permanecendo imóvel. Uma mulher, então, leva-o para casa, dispondo sobre a cama peças de roupa, que retira da caixa que ele trazia ao peito. O homem observa a sua mão cheia de formigas. A imagem mostra a nuvem de formigas que tornar-se a axila peluda da mulher, e depois um ouriço. Nada parece ter um sentido lógico.

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Este filme é tratado como o ícone do cinema do descrito "Manifesto Surrealista", uma obra de André Breton, pois constitui uma importante tentativa de rompimento com toda a lógica e linearidade narrativa com forte apelo e referência à dimensão onírica.

Ao assisti-lo pela primeira vez, o mesmo pode parecer um amontoado de cenas sem sentido, porém quando se assiste novamente com mais atenção e um senso analítico, é possível encontrar um determinado sentido nas cenas, mesmo que de forma subjetiva, já que cada um interpreta à sua maneira.



3. DO IT at-e-flux, por Marina Abramovic – 1996

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Por favor vista-se no avental, abra o livro e comece a realizar a instrução do artista de sua escolha (tradução da inscrição na caixa do projeto, acima).

O DO IT é um projeto do crítico e curador europeu Hans Ulrich Obrist, no qual os artistas cadastrados dão aos internautas um manual para realizar uma obra de arte. Em um outro artigo dedicado especialmente a esse peculiar projeto, podemos nos aprofundar mais a fundo no mesmo como um todo, mas hoje, vamos checar apenas as instruções que a performer Marina Abramovic dá em sua sessão no DO IT para realização de um trabalho artístico:


CULINÁRIA ESPIRITUAL (1996)

Misture leite fresco do seio. Com leite fresco do esperma. E beba nas noites de terremoto. Sobre seus joelhos, limpe o chão. Com sua respiração. Inale a sujeira. Lave seus lençóis da cama com suco de limão.

Cubra seu travesseiro com folhas de sálvia. Com uma faca afiada. Corte profundamente o dedo mediano da mão esquerda. Coma a dor. Olhando a parede. Coma nove pimentas vermelhas. Leve 13 folhas de repolho verde inteiras. Com 13.000 gramas de ciúme. Vaporize por muito tempo em um pote fundo de metal. Até que toda água evapore. Coma antes que te ataque. Urina fresca da manhã. Borrife sobre os pesadelos.

Bem bizarro, não? Fico imaginando do que se tratam as instruções dos outros artistas, e pior, será que alguém as seguem?



4. SHOOT, por Chris Burden – 1971


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O artista norte-americano, Chris Burden nasceu em 1946, em Boston, nos Estados Unidos da América.

A partir dos anos 70, desenvolveu uma série de ações nas quais utilizou o próprio corpo como material de trabalho e de comunicação, assumindo-se como um dos protagonistas do movimento da Body Art nos Estados Unidos. 


Nas suas performances, era evidente a tendência para as ações mais extremas e radicais (quase suicidas).



SHOOT – 1971


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Sua performance mais conhecida e lembrada chama -se "Shoot" (em tradução literal, significa "Tiro" ou "Disparo) a qual a seu pedido, Burden solicita a seu amigo que lhe atire com um rifle em seu braço dentro da galeria.


Este ato fez alusão aos traumas gerados pela Guerra do Vietnã, que neste período estava em seu auge. E como a maioria deve estar pensando, ele não morreu, apenas sofreu um ferimento, claro, provocado pelo disparo.




5. A ARTE DA CRUELDADE, 
por Guillermo Vargas Jiménez – 2007

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Guillermo Vargas Jiménez, também conhecido por Habacuc, é um artista da Costa Rica, mais conhecido pela controvérsia causada quando expôs um cão desnutrido numa galeria de arte na Nicarágua em 2007. Acima dele havia frases escritas com ração

“Para mim, o importante é a hipocrisia das pessoas: um animal assim se converte em foco de atenção quando eu coloco num lugar onde as pessoas vão ver arte, mas não quando ele está na rua morto de fome”, afirmou Habacuc.

Como se não bastasse a “obra” foi repetida em 2008 e gerou protestos mundialmente contra a crueldade explicita e consentida pelo público, curadores e entidades legais.

 Alguns alegam que ocorreu, outros alegam que essa "repetição" foi só um boato. Só sei que a única coisa que posso afirmar é que isso não pode ser chamado de arte, deixar um animal morrer de fome de sede em putal ato se enquadra mais na categoria assassinato, um cruel assassinato, .



6. TATUAGEM EM PORCOS, 
por Wim Delvoye – 2010

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A exposição intitulada ‘Porcos Tatuados’, do “artista” belga Wim Delvoye, provocou polêmica no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice, na França. Sete porcos empalhados e tatuados causaram indignação de entidades de defesa dos animais.

Em 2010 a França recebeu essa obra do artista Wim Delvoye, que são porcos empalhados e tatuados com nomes de grandes indústrias do entretenimento e marcas famosas, assim como tatuagens populares para quem gosta da arte (estilos old school e new school).

A exposição provocou polêmica no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice, na França, atraindo a indignação de entidades de defesa dos animais. Wim Delvoye ainda afirmou que tem esse bizarro hábito de tatuar porcos desde a década de 90.



7. 1500 CADEIRAS, por Doris Salcedo – 2003


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Em 2003, a artista plástica colombiana Doris Salcedo viajou até Istambul, a capital da Turquia, para criar esta obra inusitada. 

A instalação foi realizada durante a 8ª Bienal Internacional de Artes da cidade turca. Foram usadas 1.550 cadeiras, dispostas entre dois prédios de uma rua da região central da cidade. 

Com essa obra, Doris quis fazer uma homenagem às vítimas de guerra.

Fico imaginando o trabalho que deve ter dado empilhar todas essas cadeiras de modo que as mesmas não caiam, sem falar no que as pessoas (desavisadas) devem pensar ao passar por aquela rua e se deparar com tal cena.



8. SÉRIE ENVELOPAMENTOS, 
por Jeanne Claude e Christo – 1960 a 1990


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O que você faria se um dia você precisasse ir à prefeitura, ou algum lugar público de sua cidade e acabasse se deparando com esse local totalmente envelopado? Isso mesmo, completamente coberta por um tecido enorme como se estivesse embrulhada para presente. 

Essa é a série de obras mais latente dos artistas Christo e Jeanne Claude em que eles envelopam vários lugares famosos como: Pont Neuf (Ponte 9) em Paris na França; o parlamento alemão em Berlim; A costa marítima de Sidney na Austrália; e por aí vai. 

O objetivo dos artistas era silenciar esses monumentos que tanto são importantes e gritantes dentro dos contextos dos transeuntes. 

E vamos ser sinceros, eles conseguiram.


[...]


O que vocês acharam das obras? Nada usuais né, particularmente, achei algumas bastante criativas, apesar de peculiares, porém nos deparamos também com algo que nem pode ser considerado arte, como o caso cruel do cachorro que foi exposto para morrer, de longe, a pior "obra" da lista.

Por hoje é basicamente isso, mas já adianto que não terminamos por aqui, ainda há certas bizarrices, ou melhor dizendo, obras de arte a serem comentadas por aqui em uma segunda parte desse artigo, aguardem.



Referências: Obvius e Arte Ref

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