Acidentes nucleares que ainda constam no histórico da Rússia

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Nos últimos dias, os moradores das cidades russas de Arkhangelsk e Severodvinsk passaram por momentos de puro desespero. Durantes testes, a explosão de um motor de foguete de propulsor líquido causou picos de radiação nas proximidades.

A Rosatom, empresa responsável pela fabricação do equipamento e pelo fornecimento de combustível nuclear, confirmou que cinco funcionários vieram a óbito no acidente.

De acordo com o Ministério da Defesa, dois de seus representantes morreram durante a tragédia. As autoridades locais também disseram desconhecer alterações radioativas no local. Os acidentes radioativos fazem parte do histórico russo e da antiga União Soviética, alguns casos são bem conhecidos, outros tentaram ser ocultados pelas autoridades da época.


CHERNOBYL [1986]

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Fotografia da usina de Chernobyl na época do acidente.

O mais conhecido acidente nuclear da União Soviética também foi o mais letal entre eles. O desastre foi o único a receber a classificação 7 – nível máximo – na escala da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

 A fatalidade aconteceu durante testes no sistema do reator 4 da central nuclear, perto da cidade de Pripyat, atualmente localizada na Ucrânia.

O relatório da ONU em 2005, estimou em 4 mil o número de vítimas na Bielo-Rússia, Ucrânia e Rússia. Estudos recentes multiplicam por 10 esses números e mostram centenas de anomalias consequentes do episódio.



KYSHTYM [1957]

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Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Joseph Stalin determinou a construção da Usina de Mayak, para produção e enriquecimento de plutônio para a produção de bombas atômicas. Porém, a urgência para construção da estação, acarretou em negligencias às normas de segurança. 

Uma falha não reparada em um dos sistemas de refrigeração do compartimento de armazenamento de resíduos nucleares ocasionou uma explosão com força de 100 toneladas de TNT. O governo russo forçou a evacuação de cerca de 10 mil pessoas da região, sem ao menos dar informações. Estima-se que pelo menos 200 pessoas morreram de câncer pela exposição à radiação.



TOMSK-7 [1993]

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A cerca de 3 mil quilômetros de Moscou, a cidade de Seversk era casa de reatores nucleares e de um programa de enriquecimento de urânio e plutônio.

 O centro, até então desconhecido do mundo, ganhou os noticiários após um tanque com substâncias radioativas explodir. A contaminação ocorreu por uma área de 120 quilômetros quadrados ao redor do epicentro.

Alguns dias depois da explosão, foi possível ver uma queda de neve radioativa. O evento elevou os níveis de radiação de algumas regiões em 100 vezes do valor considerado ideal. Atualmente a cidade é fechada para visitações, o acesso ao local só pode ser feito com visita prévia.

O número de mortos não foi informado.



SUBMARINO K-19 [1961]

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A navegação foi o primeiro submarino soviete a transportar mísseis balísticos. Apelidado de Fazedor de Viúvas, a embarcação estava em exercício no Atlântico Norte. Uma falha no sistema de refrigeração do submarino aumentou a temperatura do reator, o que quase acarretou no derretimento do núcleo.

Todos os 139 tripulantes se mantiveram a bordo, e expostos à radiação, para reparação do problema. O ato dos marinheiros impediu uma explosão que seria semelhante à de Chernobyl.



BOHUNICE [1997]

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Com a classificação de grau 4, o acidente na usina de Bohunice, na Tchecoslováquia – atualmente dividida entre a República Tcheca e a Eslováquia – ocorreu devido a mudanças no combustível nuclear. Os absorventes de umidade não foram removidos da forma correta e o combustível sofreu um superaquecimento, que corroeu o reator.

Gases radiativos se espalharam por toda a área da usina. A AIEA não estimou feridos ou mortos em decorrência do acidente, já que na época o governo soviete encobertou o caso.


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