Alerta na Europa: a Noruega encontrou um nível de radiação 800 mil vezes maior do que o normal nos destroços de um submarino russo que naufragou no mar do país em 1989, em um incêndio que matou 42 tripulantes.
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Uma amostra coletada pela marinha da Noruega mostrou que havia césio radioativo vazando por um duto de ventilação, mas cientistas dizem que, por enquanto, não há motivo para alarme, pois a água está diluindo rapidamente o material radioativo e, como o submarino está a quase dois quilômetros de profundidade, existem pouquíssimos peixes que vivem na área, e nenhum deles é do tipo que costuma ser pego por pescadores.
Porém, se tratando de radiação, todo cuidado é pouco...
O submarino, conhecido na Rússia como K-278, afundou carregando dois torpedos com ogivas nucleares de plutônio, além de diversos outros torpedos e mísseis carregados de material tóxico e explosivo. De acordo com o exame feito por um submarino remoto (ROV) da marinha norueguesa, o incêndio causou grandes danos na embarcação, e os altos índices de radiação provêm de um vazamento em um dos canos do reator nuclear do submarino.
De acordo com a Autoridade em Segurança Nuclear e Radiação da Noruega (DSA), as defesas do reator de água pressurizada do K-278 desligaram-no imediatamente assim que o fogo começou, evitando que uma catástrofe nuclear acontecesse. Mas, com o dano sofrido pelo fogo e pela queda, um dos canos do reator acabou rachando, que é por onde essa radiação está saindo.
As medições efetuadas no local indicam que a radiação da água próxima ao vazamento é na faixa de 800 Bq (becquerel) enquanto os níveis normais das águas daquela região são de 0,001 Bq. Apesar disso, os níveis encontrados não foram surpreendentes: tanto em 1990 quanto em 2007, um submarino russo já havia visitado o local do naufrágio e encontrado os mesmo níveis radioativos na região do vazamento.
Desde o acidente, os governos da Rússia e da Noruega têm trabalhado em conjunto para monitorar constantemente o local do naufrágio e se certificar de que o vazamento de césio radioativo não irá aumentar. Por enquanto está tudo bem, pois ainda que os níveis de radiação no local do vazamento estejam altíssimos, outros setores do submarino estão com níveis normais de radiação para a região, o que significa que a água do mar está dissolvendo bem a radiação e a tornando inofensiva para qualquer criatura que não esteja bem próximo ao vazamento.
Adaptado de: CanalTech
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