O cérebro humano é uma poderosa máquina, mas, ao mesmo tempo em que é capaz de criar as coisas mais incríveis do Universo, não é difícil que ele sofra de sérios problemas, muitas vezes irreparáveis. E esses problemas criam os mais interessantes e esquisitos distúrbios mentais.
Veremos nessa terceira parte da matéria dois distúrbios no mínimo bizarros que fazem com que os portadores das mesmas criem situações dentro de suas mentes e as confronta com o mundo real, tomando proporções aterradoras, os fazendo verem, conspirarem e acreditarem em coisas que na verdade não passam de frutos de uma perturbadora imaginação, algo semelhante à esquizofrenia.
Capgras
A desilusão de Capgras é um estranho distúrbio, onde uma pessoa acredita que alguém próximo, como um amigo, namorado(a) ou mesmo os pais foram substituídos por outras pessoas, que tem a mesma aparência.
Essa síndrome normalmente está ligada a algum outro distúrbio mental, como esquizofrenia ou demência. É muito comum que alguém com Capgras, também tenha Prosopagnosia, que é um problema no cérebro que torna a pessoa simplesmente incapaz de reconhecer rostos conscientemente. Acredita-se que 2% da população mundial sofra com desse distúrbio de reconhecimento facial em diversas intensidades.
Sendo incapaz de reconhecer os rostos a sua volta, a pessoa que possui algum distúrbio mental começa a criar conspirações e não é incomum que elas se sintam perseguidas por órgãos governamentais ou mesmo grupos de bandidos.
Catgras
Não bastasse achar que os amigos mais chegados são inimigos disfarçados, essa síndrome pode criar coisas ainda mais bizarras. Um homem de 71 anos, que sofre com Capgras, começou a acreditar que seu gato foi substituído por um impostor a trabalho do FBI.
Essa crença desvairada surgiu de um problema no cérebro do paciente. Segundo os pesquisadores de Harvard que cuidam do caso, ele possui problemas na memória autobiográfica. A memória autobiográfica é o que nos permite comparar estímulos atuais com o passado, permitindo que um laço entre o agora e o passado seja criado. Ou seja, é essa memória que nos permite reconhecer gestos, modo de falar e agir das pessoas a nossa volta.
Como o paciente não consegue recuperar corretamente a memória mais antiga, acaba achando que o gato dele está agindo de maneira diferente e que não é o mesmo animal de antes. Essa falta de reconhecimento com um pouco de loucura e o cenário de conspirações e dúvidas se implanta na mente do paciente, podendo gerar todo tipo de história maluca, inclusive fazer alguém acreditar que seu gato é um agente do FBI.
Adaptado de: Minilua
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