O cérebro humano é uma poderosa máquina, mas, ao mesmo tempo, em que é capaz de criar as coisas mais incríveis do universo, não é difícil que ela sofra de sérios problemas, muitas vezes irreparáveis. E esses problemas criam os mais interessantes e esquisitos distúrbios mentais.
Nessa primeira parte das matérias é apresentado o Mutismo Seletivo, um distúrbio que impede as pessoas de falarem em determinadas ocasiões, algo que poderia se considerado timidez, porém é bem mais sério, o distúrbio é mais comum entre crianças.
Mutismo Seletivo
Muitas pessoas possuem um enorme medo de falar em público, afinal elas ficam com receio de dizer algo errado ou passar qualquer tipo de vergonha que possa se perpetuar. Na maioria dos casos, esse medo está relacionado a falta de familiaridade com a situação ou mesmo timidez extrema, mas bastam alguns “empurrões” e a pessoa começa a ser capaz de falar em público e se expressar normalmente.
Entretanto, uma parcela menor da população possui um medo tão grande de falar em certas situações, que elas são diagnosticadas com o mutismo seletivo. O mutismo seletivo é um distúrbio mental que torna a pessoa incapaz de falar em determinadas ocasiões, que são bem específicas. Por exemplo: alguém com mutismo seletivo pode conversar normalmente com sua família, mas ser incapaz de conversar com os colegas de escola. Ou ser capaz de falar com homens e não conseguir trocar nenhuma palavra com uma mulher.
Esse tipo de problema é bastante comum em crianças e normalmente é observado quando elas entram na escola. Enquanto estavam em casa, elas falavam e conversavam com todo mundo normalmente, mas quando são inseridas em um novo grupo, elas simplesmente param de falar totalmente. Existem casos em que as crianças não conseguem nem responder um simples “sim” ou um “não” para o professor.
Esse tipo de transtorno pode ser causado por problemas como ansiedade, que podem ser de ordem genética ou não. Em alguns casos, essa síndrome vem de algum trauma e pode estar associada a transtorno de adaptação, transtorno de aprendizado e até mesmo ao autismo. Muitas crianças que sofrem dessa síndrome se tornam adultos que possuem fobia social, ou seja, tem dificuldade para se relacionar com pessoas novas ou muitas pessoas ao mesmo tempo.
A cura para isso são tratamentos psicológicos, que envolvem Terapia cognitivo-comportamental, musicoterapia e, claro, a inclusão dos pais e amigos próximos com o qual a pessoa é capaz de falar nos ambientes novos, até que ela se sinta segura.
Entre 0,5% a 2% das crianças sofrem desse transtorno e quanto mais cedo é feito o tratamento, melhores as chances de cura. O não tratamento pode causar diversos transtorno em adultos, como depressão, tendência suicida e dificuldades extremas de relacionamento.
Adaptado de: Minilua
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