Plastique Noir


Imagine então uma banda pós-punk com melodia e letras altamente góticas, ao qual todas as letras são em inglês, sim, uma banda brasileira, e acima de tudo cearense, estou falando de Plastique Noir.

A banda foi formada no fim de 2005 na capital do Ceará (Fortaleza), e rapidamente ganhou projeção dentro de sua cidade, onde virou atração habitual em suas principais casas e festivais, e também fora dela, já tendo sido convidada em seus primeiros meses para a abertura da tour nacional da banda The Crüxshadows e excursões pelo Nordeste e Centro-Oeste.

A formação atual da banda é conta com Airton S no vocal e eletrônicos, Deivyson no baixo e Danyel na guitarra.

Ainda no ano de estréia, a banda lançou dois trabalhos: o CD demo Offering e o EP Urban Requiems (que hoje é distribuído pelo selo alemão AF Music). Este EP ganhou elogiosas resenhas em prestigiados veículos de seu gênero, como a revista porguesa Elegy Iberica o site do crítico e pesquisador inglês Mick Mercer, uma referência mundial no universo gótico.

Em 2007, o Plastique Noir recebe seu primeiro convite para um festival internacional (Wake Gotik Treffen, em Leipzig na Alemanha), e dá início à produção de seu primeiro álbum oficial, intitulado "Dead Pop", lançado pela Pisces Records (SP) no ano seguinte. Durante as gravações, o tecladista Max Bernardo (falecido em 2010) deixa a banda por motivos pessoais, porém a banda prosseguiu com suas atividades em trio dando início a uma ampla carreira passando por quase todas as regiões do Brasil. Apesar de fragmentada, esta tour colocou a banda constantemente na estrada e durou quase três anos, passando por festivais renomados como Abril Pro Rock (realizado em Recife-PE), Virada Cultural (São Paulo-SP), Woodgothic (São Thomé das Letras-MG), Feira da Música (Fortaleza-CE), Bananada (Goiânia-GO), Quebramar (Macapá-AP), Calango (Cuiabá-MT) e Do Sol (Natal-RN).

No ano de 2010, a banda abriu a única data do Frozen Autumn (Itália) no Brasil, e no fim daquele ano deu início a produção de seu segundo álbum, intitulado "Affects", o mesmo teve o lançamento realizado pela Wave Records (SP) e distribuição internacional um ano depois.



Em julho de 2012, Márcio Mäzela, guitarrista e co-fundador da banda, deixa a mesma por divergências profissionais. No início de setembro de 2012, Deivyson se torna o novo baixista e prosseguem cumprindo sua agenda de shows.


Enfim, essa é uma pequena biografia de toda a carreira da banda, que você pode ler no site oficial da mesma, e pelo visto apesar de ser underground para alguns, é bastante conhecida para quem já está na cena alternativa a algum tempo.

Conheci Plastique Noir graças ao The Crüxshadows, que eu já ouvia a certo tempo (e também admiro bastante), e ao saber que uma banda do Ceará (meu estado) tinha prestigiado um evento do tipo, resolvi pesquisar sobre a mesma, então depois de conhecer melhor a banda passei a ouvir os álbuns, e a experiência foi incrível, a primeira coisa que pensei foi como eu passei todo esse tempo sem conhecer essa banda.

Pelo fato de ser completamente apaixonado por poesia em geral, o que mais me chamou atenção nas músicas da Plastique Noir, foram as letras que entram em perfeita harmonia com sonoridade sombria da mesma.


Outra coisa que intriga bastante os admiradores da banda é a origem do nome, Plastique Noir, que vem do Francês e significa "Plástico Negro", uma alusão da banda aos sacos pretos utilizado em necrotérios para cobrir os mortos.

Enfim, Plastique Noir é uma banda extremamente original e chama atenção pelo fato de ser não apenas brasileira, como também cearense,  foi formada e ganhou reconhecimento em um lugar onde predominam mais ritmos musicais populares, a maioria desses ritmos movidos pelo modismo, mas acima de tudo conseguimos difundir nosso estilo alternativo que cada vez ganha mais espaço em meio a uma sociedade padronizada.



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